Opinião do colunista Juninho Bill quanto aos jogos de ida na semifinal do Tocantinense 2014 !

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A técnica, o histórico a tática e a raça.

Os jogos de ida da fase mata-mata do campeonato tocantinense foram realizados no final de semana, e a bem da verdade, não houveram quaisquer surpresas.

A agremiação da cidade de Porto Nacional (4º) jogou a primeira em casa e bateu o time do Gurupi (1º) por 2×0. Surpresa? Claro que não… O camaleão do sul vem caindo de produção desde o final do primeiro turno e se classificou para as semifinais em razão da “gordura” que havia acumulado nos primeiros jogos. Vem, sem dúvida, em acentuado declínio. Os números e as estatísticas não mentem.

O Interporto, por sua vez, que não tinha absolutamente nada a ver com isso, reverteu a vantagem e vai para o segundo jogo, fora de casa, podendo empatar ou perder por diferença de um gol que ainda assim será finalista.

Os elencos de ambos são muito parecidos, contudo, o quê verdadeiramente pesa a favor do Interporto encontra-se no banco de reservas e atende pelo nome de Carlos Magno. Enquanto esse pentacampeão sabe tudo dentro e fora das quatro linhas, o treinador do time do verde do sul foi um bom jogador de futebol, todavia, é um neófito na profissão de técnico e este fator será o ponto de desequilíbrio.

No outro jogo da semifinal, a equipe do Palmas Futebol e Regatas (3º), mesmo após ter contratado o outro treinador pentacampeão tocantinense, Roberto Oliveira, não conseguiu, jogando com casa cheia, reverter a vantagem da equipe do Tocantinópolis (2º).

Mas a bem da verdade, a tarefa era mesmo indigesta. Primeiro, porque o time do norte não se classificou em segundo por acaso. Não é justo desqualificar suas virtudes. Joga bem postado em campo, tem aplicação tática e por fim, possui alguns talentos individuais que fazem diferença; Segundo, porque em que pese o Roberto Oliveira ser um excelente treinador, ao nível do Carlos Magno, não teve tempo de armar a equipe do Palmas para o confronto. Foi contratado na terça-feira, enfrentou crise financeira entre diretoria e jogadores, aplicou dois ou três treinamentos e foi para o jogo no sábado. O que se viu foi um time aguerrido em campo, entretanto, perdido, sem qualquer organização tática. Tentou atabalhoadamente fazer um gol pelo menos, mas a falta de um esquema definido, aliado à deficiência de alguns atletas, impediu que isso ocorresse.

Roberto Oliveira é um campeão, inclusive ensinou seu filho Lucas Oliveira os atalhos para se tornar um bom treinador. O rapaz foi contratado pelo Osvaldo Cruz equipe que disputa a segunda divisão paulista. Estreou com vitória ontem sobre o Assisense. Parabéns, tomara que tenha sucesso como o pai. Porém, voltando ao Tocantins, em que pese o Roberto saber tudo de futebol, não houve tempo para os que atletas da Arara Azul assimilassem seu esquema de jogo. Futebol é longo prazo e isso, o treinador ainda não teve. Agora o “professor” terá uma semana para implantar seu esquema de jogo e obter a classificação no bico do papagaio. Já adianto: não vai ser fácil. O tricolor da capital terá que sair para o jogo, vez que precisa da vitória, e estará, fatalmente, exposto ao contra-ataque! O Tocantinópolis sabe explorar esse esquema de jogo como ninguém, portanto, todo cuidado é pouco…

Muitas emoções estão por vir, o campeonato chegou ao seu ápice, está emocionante. Quaisquer que sejam os classificados para a final será justo, na medida em que, cada qual, à sua maneira, se destacaram durante a competição. O que prevalecerá?? A técnica do Interporto?? O histórico do Gurupi?? A aplicação tática do Tocantinópolis ou a raça e a “garra” do Palmas?? Façam suas apostas!!

Juninho BILL

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