O mais do mesmo, sempre.
Finalizada a segunda rodada do Campeonato Brasileiro da série “A” de 2014, já é possível analisar algumas vertentes e circunstâncias da competição mais difícil das Américas.
Quem diria…? o ex-futuro-rebaixado Fluminense é líder isolado, o único a vencer as duas partidas que jogou!! A colocação dele na tabela, todavia, é breve, transitória, passageira… Já o modesto e limitado Goiás é oitavo com quatro pontos e poderia ser co-líder, uma vez que além de bater o Criciúma, seria perfeitamente possível ter ganhado também o jogo contra o Flamengo em Brasília na primeira rodada, afinal as chances reais de gol, ocorridas naquele confronto, lhe pertenceram!! Entretanto, considerando-se o elenco que possui até a presente data e que o técnico Ricardo Drubscky foi contratado às pressas para o campeonato nacional, a sua posição na tábua classificatória, também é efêmera.
Em contrapartida, os poderosos Atlético/MG, Flamengo e Botafogo que disputaram a Copa Libertadores da América esse ano, encontram-se em situação crítica. O primeiro é porteiro da zona de rebaixamento e os outros dois já estão inclusos nela.
É muito cedo, é bem verdade, para conclusões, porém, o que restou claro após as duas rodadas é que o nível do futebol brasileiro que havia caído vertiginosamente ano passado, desabou de vez.
Quase nenhum time se destaca. A ampla maioria apresenta um futebol pragmático e chato, que não prima pelo gol, o objetivo maior do futebol. Raramente as jogadas são armadas e bem trabalhadas. As equipes se limitam a se defender chutando a bola para frente naquela base do “seja o que Deus quiser”.
Dentro desse contexto, foi possível enxergar exceções a esta regra apenas nos embates protagonizados por Cruzeiro e Internacional, ambos com quatro pontos. Tais equipes tem padrão de jogo definido, quer seja pela indiscutível qualidade de seus jogadores, quer seja pela manutenção dos elencos e das comissões técnicas. Percebe-se, nitidamente, nessas duas agremiações, o conjunto necessário ao esporte coletivo, o desenho tático, a “mão” do treinador, as jogadas ensaiadas e a consequente posse de bola e domínio do jogo.
Em relação aos times do Grêmio, do São Paulo, do Corinthians e do Santos, nesses dois jogos não foi possível vislumbrar qualidade a técnico-tática comum a equipes que possuem comissões técnicas e plantéis tão dispendiosos. São agremiações de massa, de arranque e de chegada, porém, ainda não demonstraram futebol envolvente nem tampouco se encaixaram no campeonato.
Quanto à Vitória, Sport, Chapecoense, Criciúma e Figueirense, se continuarem a praticar o pífio futebol que apresentaram até agora, serão meros coadjuvantes. A colocação final deles não chegará sequer ao G-12. São limitadíssimos.
Por enquanto é isso que foi possível vislumbrar. A paralisação em razão do campeonato mundial de seleções poderá proporcionar aos clubes envolvidos uma melhor preparação física e tática, além de ainda estar aberta a janela para novas contratações. Muitos fatores ainda podem resultar em outras perspectivas para a competição. Aguardemos…
Juninho BILL
(Arte/foto: Otto Rezende)